Por Paulo Padilha, gerente de captação na Cooperativa Sicredi Fronteiras PR/SC/SP

 

 

Durante a pandemia, os principais Bancos Centrais do mundo injetaram um volume significativo de recursos no mercado, para que suas economias não entrassem em colapso durante os períodos de lockdown.

 

Esse valor injetado no mercado, aqueceu a economia de todo o mundo e a manteve viva durante aquele período difícil que passamos no auge da pandemia. Depois de passado esse momento, foi necessário regular essa quantidade de dinheiro dentro da economia.

De modo geral, o mundo passa por um momento de inflação elevada, seja em função dos lockdowns, das interrupções nas cadeias produtivas, do grande volume de recursos circulando nas economias, dos fatores climáticos extremos, ou mesmo do conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia. A vista disso, é hora de reajustar a economia para controlar a inflação e trazê-la para próximo das metas de cada país.

 

Em relação a este cenário, o Brasil se destaca porque começou a tratar o processo inflacionário mais cedo. Hoje podemos observar grandes potências econômicas, a exemplo dos Estados Unidos e Europa, com uma inflação maior do que a do Brasil e sem ter atingido o pico inflacionário. Ao passo que a inflação no Brasil já demonstra certo controle e sinais de deflação (redução de preços) por dois meses consecutivos.

 

Um dos mecanismos utilizados para o controle da inflação é o aumento da taxa básica de juros, no Brasil, a taxa Selic Meta, que hoje está em 13,75% a.a.. Alguns economistas acreditam que ela possa chegar a 14,25% a.a ao final de 2022, já a renomada e premiada área econômica do Sicredi tem se posicionado com a expectativa de fechar o ano em 13.75% a.a..

 

Falando de 2023, nossa expectativa para taxa Selic é de 11% a.a., uma vez que a inflação, mesmo dando sinais de recuo no curto prazo, ainda apresenta certa resiliência e está projetada em 5,3%  a.a. para o final de 2023, ou seja, acima do centro da meta de 3,25% a.a.  O fim da bandeira tarifaria de energia vermelha, a redução dos impactos da pandemia e as medidas de redução dos tributos sobre combustíveis e energia elétrica, tem auxiliado no controle e condução da inflação para os níveis desejados, tanto no curto quanto no longo prazo.

 

Falando um pouco sobre investimentos, deixo três dicas simples e muito úteis:

 

1º: Constitua e mantenha uma reserva de emergência, ela pode variar de 6 a 18 vezes as suas despesas mensais fixas e tem por objetivo dar estabilidade financeira para eventuais imprevistos, como por exemplo, perder sua principal fonte de renda;

2º: Saiba qual é o seu perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado. Ele diz muito sobre o seu apetite a risco e sua capacidade de suportar oscilações do mercado.

3º: Tenha clareza sobre qual é o objetivo e prazo de cada investimento, esse fator faz muita diferença na escolha do ativo financeiro adequado a seus objetivos.

 

Em função do cenário de taxa Selic alta, os investimentos em renda fixa estão fazendo muito sentido. Atualmente, o investidor está recebendo em média 1% ao mês, fruto da taxa Selic a 13.75% a.a.. Importante lembrar que os investimentos em renda fixa fazem sentido para todos os perfis de investidor e tem por característica, um grau de segurança maior e volatilidade menor do que o investimento de renda variável.

 

Existem inúmeras opções para investimento em renda fixa, desde os CDB’s (Certificado de Depósito Bancário), no caso do Sicredi, chamamos de RDC (Recibo de Depósito Cooperativo ou Sicredinvest), a caderneta de poupança, LCA’s, fundos de investimento entre outros. Um investimento de renda fixa que traz rentabilidade muito atrativa para prazos um pouco maiores, são as aplicações onde o investidor renuncia à liquidez ou disponibilidade do dinheiro por um determinado período, ou seja, durante determinado período de tempo ele não poderá acessar seu recurso.

 

Em contrapartida, a Instituição Financeira entrega taxas melhores, pelo simples fato de poder ser mais eficiente no uso do recurso. Quando você deixa seu dinheiro investido em uma Instituição Financeira através da compra de títulos da própria instituição, os CDB´s dos bancos ou RDC´s das Cooperativas de Crédito, o Banco Central determina que, se o dinheiro estiver a sua disposição a qualquer momento, a Instituição não empregue todo esse valor em suas carteiras de crédito.

 

Por exemplo, 70% do valor aplicado, a Instituição coloca na carteira de crédito onde ela vai ter rentabilidade. Já os outros 30% precisam estar à disposição caso os investidores desejem fazer saques, mas, quando o investidor faz uma aplicação e acorda com a Instituição que está abrindo mão da disponibilidade do seu investimento por determinado período, a Instituição Financeira consegue colocar todo o recurso em suas carteiras de crédito, obtendo rendimentos melhores.  Se ela obtiver rendimentos melhores, ela pode pagar taxas melhores para o investidor. Resumidamente, quando você renuncia à disponibilidade ou “trava” um recurso com uma Instituição, ela consegue te oferecer uma taxa melhor e automaticamente o investidor tem um ganho melhor na aplicação, tanto pela taxa quanto pela menor incidência de imposto de renda.

 

Qualquer dúvida que houver sobre investimentos e demais produtos e serviços financeiros, procure um de nossos colaboradores nas agências da Sicredi Fronteiras PR/SC/SP. Todos estão capacitados e prontos para atendê-lo.

 

 

Fonte: Sicredi Fronteiras PR/SC/SP