Nesta terça-feira (27), o Sistema Ocesp participou de uma reunião com representantes do Sistema OCB e a nova diretoria do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI), em Brasília. O encontro teve como objetivo fortalecer os laços entre as entidades e, ainda, destacar as diversas particularidades e potenciais do setor cooperativista.

 

O superintendente do Sistema Ocesp, Aramis Moutinho Junior; a gerente-geral do Sistema OCB, Fabíola Nader Motta, e a assessora jurídica da entidade, Ana Paula Andrade Ramos, participaram da reunião e discutiram questões importantes para o sistema cooperativista com a diretora nacional do DREI, Flávia Regina Britto Gonçalves. O intuito foi apoiar o avanço do cooperativismo brasileiro e buscar esclarecimentos acerca das mudanças trazidas pela recente Instrução Normativa DREI 01/2024. 

 

A Organização das Cooperativas Brasileiras sempre reuniu contribuições para as consultas e audiências públicas realizadas pelo DREI. Como resultado desse esforço, estima-se que 80% das sugestões de melhoria nos textos das instruções normativas e seus anexos já foram acolhidas pelo Departamento, o que demonstra um compromisso mútuo com o aprimoramento contínuo do ambiente regulatório para o cooperativismo. 

 

A questão central ficou em torno das novas exigências para a nomeação de vogais como representantes do cooperativismo. Os indicados deverão estar presentes nas deliberações administrativas das juntas comerciais e, por isso, essa nomeação norteia o funcionamento adequado do coop. De acordo com a última alteração da Instrução Normativa, os vogais precisam ter sido administradores de cooperativas em um tempo superior há cinco anos. Tal mudança gerou preocupação ao Sistema OCB, pois a exigência pode impactar a atual sistemática de preenchimento das vagas, especialmente as ocupadas por colaboradores das Organizações Estaduais (OCEs). 

 

Para Fabíola, as novas condições para a nomeação de vogais demandam atenção imediata. "Por isso, em parceria com o DREI, estamos buscando soluções que possam garantir a representatividade adequada do cooperativismo nas juntas comerciais e, assim, dar voz aos interesses das cooperativas", disse. Ela colocou a OCB à disposição para contribuir nas diversas iniciativas que possam ser de interesse do cooperativismo e ressaltou a importância do Departamento. "Reconhecemos o quanto o trabalho do DREI é relevante para que o nosso movimento continue atuando com legalidade e segurança jurídica", completou. 

 

Ana Paula Andrade abordou o histórico colaborativo entre as instituições e citou a contribuição das OCEs diretamente nas Juntas Comerciais. "As organizações, auxiliam na conclusão de acordos de cooperação, convênios, participação em colégio de vogais, dentre outras iniciativas", destacou. A assessora jurídica espera que as resoluções possam atender às peculiaridades específicas do coop. "Estamos empenhados em trabalhar juntos para buscar uma alternativa para esse posicionamento. As decisões precisam levar em consideração as características e necessidades das cooperativas e promover um ambiente regulatório mais justo e favorável ao nosso modelo de negócios", completou.

 

Por sua vez, Aramis citou a necessidade de revisão da Instrução Normativa em questão. "É necessário resgatar os requisitos para participação como vogais que permitam que as OCEs possam indicar membros de seus próprios quadros, com o intuito de dar continuidade a este trabalho de contribuição e parcerias", explicou.

 

A diretora Flávia Britto se mostrou receptiva à possibilidade de dar continuidade ao trabalho de colaboração institucional entre as duas instituições. "Essa iniciativa e outras possíveis ações no fomento e perenidade dos pequenos negócios cooperativos são parte da missão do Ministério do Empreendedorismo", declarou. 

 

Fonte: OCB