Foi realizado, no dia 16 de outubro, o Fórum Bioinsumos no Agro, evento que reuniu especialistas, pesquisadores e players do setor agro para discutir e promover soluções inovadoras e sustentáveis para a cadeia produtiva. O Sistema Ocesp participou do evento representado pelos consultores do ramo Agropecuário, Armando César Sugawara e Sinohe Guerreiro de Oliveira.

 

"Foi uma oportunidade valiosa para a discussão do papel crucial desempenhado pelos bioinsumos na produção agrícola contemporânea e para a troca de experiências, o compartilhamento de conhecimento e a identificação de desafios e oportunidades no uso de bioinsumos", destaca Sugawara.

 

Durante o evento, enfatizou-se a necessidade premente de regulamentações específicas para esse tipo de insumo agrícola, bem como a importância do alinhamento de entendimento entre as entidades representativas de cada segmento do agronegócio. "Esse alinhamento é fundamental para se atingir um equilíbrio adequado entre a produção on-farm e a produção industrial de bioinsumos", explica o consultor.

 

O evento ressaltou também como os bioinsumos possuem um potencial significativo para impulsionar a sustentabilidade dos sistemas produtivos, consolidando o Brasil como líder global em pesquisa e aplicação de tais produtos inovadores. "O Brasil, como um país mega biodiverso, detém uma posição singular para liderar a agenda dos bioinsumos, contribuindo para tornar nossa agropecuária ainda mais sustentável. A riqueza de ecossistemas e biomas em território brasileiro oferece um ambiente propício para o desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras e ecologicamente responsáveis", afirma Sugawara.

 

A aplicação de bioinsumos para a proteção de lavouras continua a crescer no Brasil a taxas superiores às registradas em outros países. Segundo levantamento da consultoria Kynetec com base em pesquisa de campo e contatos diretos com agricultores, o faturamento com a venda desses produtos alcançou US$ 827 milhões na safra 2022/23, 52% mais que no ciclo 2021/22 (US$ 547 milhões). A expectativa para a temporada 2023/24, quando a colheita de grãos deverá bater um novo recorde, é que esse ritmo forte de avanço seja mantido. Ainda de acordo com a consultoria, o Estado de Piauí lidera a adoção de Bioinsumos com 71%, seguido por Bahia com 61% e Mato Grosso com 48%. O Estado de São Paulo esta com 31% de adoção dessa tecnologia.

 

"Este fórum marcou o início das discussões acerca das regulamentações que nortearão todo o setor. A participação em grupos técnicos como esse permitirá que cooperativas influenciem na definição dos interesses relacionados à pauta, fortalecendo sua representatividade e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do agronegócio", conclui o consultor.